
FESTA DO CORPO E SANGUE DE CRISTO
"Corpus Christi"
O SACRIFICIO DA NOVA ALINAÇA
A antiga aliança entre do Sinai entre Deus e Israel se realizará através de três momentos sucessivos: A manifestação de Deus ao seu povo (Ex19), a entrega do decálogo como Lei constitucional, “as dez palavras de Deus” Ex 20, 1-27 e o código da Aliança (ampliação do decálogo: Ex 20, 22,23,33); e foram concluída e sancionada solenemente com “sacrifícios de s comunhão” (Ex 24). A nova e eterna aliança entre Deus e a humanidade se realizou também de três momentos semelhantes aqueles: a nova mais profunda e universal manifestação de Deus em Cristo (Mc 1, 10-11, 9, 2-8), o decálogo, levando a sua pureza e integridade, ao seu “cumplimento” (Mt 5, 17-48), o novo código das Bem-aventuranças, da lei interior, do “mandamento novo” do amor (Mt 5, 1-6; 6-7; Jo 13, 34-35; 15, 10-17) e também esta foi concuiada e sancionada no verdadeiro “sacrifício de comunhão” n o sangue de Cristo (Mc 14, 22-24; etc.). A celebração do Corpo e Sangue do Cristo hoje nos lembra toda Nova Aliança que adquiri um significado pleno, e, por sua vez, faz compreender melhor o alcance do sacrifício de Cristo.
O sangue, selo da Antiga Aliança entre Deus e os homens
Os antigos, em particularmente os hebreus, celebravam um contrato de aliança com o sangue das vítimas oferecidas. Assim aconteceu no Sinai quando da Aliança da Antiga Lei. Nesse rito, Moisés lembra as palavras de Deus, Lei “escrita” de modo intangível; o povo reafirma sua vontade de pô-la em prática e de oferecer a Deus. Então Moisés asperge com sangue das vítimas o altar e o povo. O sangue, que é vida, indica que a aliança é vital; derramado sobre o altar e o povo, indica que entre Deus e o povo há comunhão: na fidelidade a aliança, o povo vive da vida de Deus. Tudo isso é um sinal, um instrumento, uma admoestação de que Cristo levará a plenitude de significa e eficácia.
O Sangue de Cristo nos purifica pela aliança nova e eterna
É verdade que o sacrifício de Cristo “superou, dando seu pleno acabamento, todos os sacerdócios rituais e o sacrifício do Antigo Testamento, também os pagãos. Em seu sacrifício, assumem as misérias e os sacrifícios dos homens de todas as idades”. Como o sumo sacerdote, entrando com o sangue da expiação no santo dos santos, desaparecia da vista do povo, também Cristo, entrando no céu, oferece por nós o seu sangue purificador. Mas Ele permanece junto do Pai numa solidariedade muito operosa em relação a nós: seu sangue tem um poder infinito que verdadeiramente purifica e redime, restaura a nova aliança e tem força para atrair consigo os redimidos a herança eterna prometida por Deus. Por isto, o sacrifício de Cristo é único, eficaz, eterno; realiza, por isso, tudo o que qualquer outro sacrifício humano não tenha força de realizar, mas não rejeita aqueles sacrifícios; dá-lhes eficácia, unindo-os ao seu sangue.
Cristo oferece seu Corpo e Sangue pela aliança e pelo seu Reino de Deus
O simples relato de Marcos apresenta as características essências do sacrifício de Cristo. O antigo rito do cordeiro pascal, sacrifício que evoca a libertação dos hebreus da escravidão, atinge uma plenitude e um significado totalmente novos. Cristo, oferecendo-se para a inovação, opera a libertação integral e definitiva, com seu sangue sela a nova aliança, que é verdadeiramente “a Aliança”, e esse sangue é derramado por todos como expiação dos pecados. Na antiga aliança havia sacrifício de libertação, de aliança e comunhão, de expiação, de ação de graças; o sacrifício único de Cristo tem em si todos estes valores. É o sacrifício Pascal de Libertação, o sacrifico da Aliança e da comunhão com Deus, o sacrifício da expiação do pecado, o sacrifício da ação de graças. Daí toma o nome de Eucaristia, que quer dizer precisamente “ação de graças”, porque os homens devem por tudo agradecer profundamente a Deus. E Cristo deu inicio ao banquete da ultima ceia agradecendo a Deus, elevando ao Pai as “ação de graças” que os homens muitas vezes esquecem de dar pelos benefícios da criação e da redenção.
A solenidade da Festa do Corpo e Sangue de Cristo nos lembra que nós também devemos apresentar nossas “ações de graças” a Cristo pelo total dom de si, em corpo e sangue, como alimento e bebida (Jo 6,51-58); o melhor modo de fazê-lo e participar deste pão e deste vinho que Cristo oferece, fazer nossa eucaristia, a “ Ação de graças” que Cristo oferece ao Pai, para oferecê-lo juntamente com ele, alimentados Dele.